A Fenícia é nome dado a antiga civilização que teve seu epicentro no norte da antiga Canaã, ao longo das regiões litorâneas dos atuais Líbano, Síria e Israel. A civilização fenícia caracterizou-se por uma cultura comercial marítima empreendedora que se espalhou por todo o Mediterrâneo durante o período que foi de 1550 a.C. a 300 a.C.. Embora as fronteiras antigas destas culturas antigas fossem incertas e inconstantes, a cidade de Tiro parece ter marcado seu ponto mais meridional. Sarepta (atual Sarafant), entre Sídon e Tiro, é a cidade mais extensivamente escavada pelos arqueólogos em território fenício.
Os fenícios realizavam comércio através da galé, um veículo movido a velas e por remos, e são creditados como os inventores dos birremes.
Não se conhece com exatidão a que ponto os fenícios viam a si próprios como uma única etnia; sua civilização estava organizada em cidades-estado, de maneira semelhante à Grécia Antiga; cada uma destas constituía uma unidade política independente, que frequentemente se entravam em conflito e podiam dominar umas as outras - embora também colaborassem através de ligas e alianças.
Os fenícios também foram a primeira sociedade de nível estatal a fazer uso extenso do alfabeto; o alfabeto fonético fenício é tido geralmente como o ancestral de todos os alfabetos modernos. Os fenícios falavam o fenício, que pertence ao grupo de línguas cananeias da família linguística semita. Através do seu comércio marítimo, difundiram o uso do alfabeto pelo Norte da África e pela Europa, onde foi adaptado pelos antigos gregos, que por sua vez o repassaram para os etruscos e romanos. Além de suas muitas inscrições, os fenícios teriam deixado diversos outros tipos de fontes escritas, que não sobreviveram à passagem do tempo. A Preparação Evangélica, de Eusébio de Cesareia, cita de maneira extensa Filo de Biblos e Sancuniaton.
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